Colega dentista, quando um paciente retorna com dor em um molar superior já tratado, a condução do caso exige uma investigação minuciosa.
Apenas reintervir sem uma avaliação mais profunda pode resultar em um retratamento incompleto e sem real solução para a sintomatologia.
Acompanhe este caso, onde a tomografia permitiu uma análise mais detalhada da anatomia radicular e das estruturas adjacentes, trazendo informações que mudaram completamente a conduta.
Confira:
Observamos desvio e RASGO na ZONA DE RISCO (na parede distal da raiz MV) com adjacente rarefação óssea (região de furca).
É uma situação que não é rara de encontrarmos na tomografia e que podemos perceber que o acesso pode influenciar muito na trajetória do preparo mecânico do conduto.
Observamos também desvio em terço apical, onde há conduto sem material obturador e lesão periapical associada a esta raiz.
É possível perceber que esse desvio, por uma questão lógica, está relacionado ao trajeto já que vem desde o início, fora do padrão ideal.
Por isso colega, contar com exames detalhados significa não apenas diagnosticar, mas planejar com estratégia, aumentando a previsibilidade dos resultados e fortalecendo a confiança do paciente no seu tratamento.