Neste exame, a tomografia revelou dois achados fundamentais para compreender o insucesso clínico: um conduto mésio-lingual não instrumentado e a presença de um canal lateral com lesão associada.
A ausência de preparo completo no conduto e a comunicação com o canal lateral com lesão associada justificam a persistência da lesão. Dessa forma, evidência que não identificou-se no momento da execução.
Esse tipo de anatomia só pode ser plenamente visualizado com tomografia de alta definição. Ela, que permite observar com nitidez a estrutura apical, sua variação morfológica e possíveis ramificações.
Uma revisão sistemática publicada no Journal of Endodontics (Chogle et al., 2020) demonstrou que o uso da tomografia modificou o plano de tratamento em 69% dos casos. Isso, pela identificação de estruturas não detectadas anteriormente ou pela revisão do diagnóstico inicial.
Na IRDO, realizam-se exames com tomógrafos de alta definição e interpretados por radiologistas que compreendem a aplicação clínica da imagem no contexto endodôntico.