A delaminação cementária, uma separação do cemento na interface dentino-cementária, exige diagnóstico preciso devido às suas implicações no tratamento endodôntico e periodontal. Em suma, este fenômeno pode levar a lesões endoperiodontais complexas, onde a diferenciação entre delaminação e fraturas radiculares se torna fundamental.
Dessa forma, a tomografia de alta resolução nestes casos, proporciona uma visão detalhada das características específicas da delaminação cementária, como a localização precisa da lesão, a extensão da delaminação e o que ela promove nas estruturas adjacentes. Portanto, esses detalhes são fundamentais para planejar uma abordagem terapêutica efetiva.
Visualize um caso real da IRDO, onde esses detalhes fizeram a diferença no direcionamento das decisões clínicas:
A radiografia periapical inicial mostrou sinais de rarefação óssea periapical, que somado a testes de sensibilidade negativos, levaram o profissional a optar pelo tratamento endodôntico no dente 31.
Após o tratamento endodôntico, a persistência de sintomas e o surgimento de uma fístula indicaram complicações além do aparente, levando à solicitação de uma tomografia.
Desse modo, vale lembrar que a AAE recomenda tomografia cone beam de alta resolução e FOV pequeno para esse tipo de ocorrência.
Diagnóstico: Cemental Tear no dente 31.
Em síntese, a tomografia revela delaminação do cemento na região apical, causando lesão endoperiodontal significativa.
A imagem detalha o adelgaçamento e rompimento das corticais vestibular e lingual, sublinhando a severidade da condição e a necessidade de intervenção cirúrgica para remoção do fragmento.
Observação no dente 32:
Cemental Tear (Class 0) detectado no terço apical por vestibular. Sem alterações significativas nas estruturas adjacentes.
Recomendamos acompanhamento tomográfico semestral para monitorar a progressão.
Procedimento Cirúrgico: Remoção do Fragmento
A remoção cirúrgica do fragmento de cemento do dente 31 foi realizada para mitigar a lesão endo periodontal e recuperar a saúde dos tecidos perirradiculares.
Após 2 meses de cirurgia, os sinais e sintomas desapareceram e agora há a recomendação do acompanhamento tomográfico com a finalidade de observar a recuperação dos tecidos e evolução geral do quadro.
Na IRDO, combinamos expertise diagnóstica com tecnologia avançada para auxiliar nossos parceiros dentistas a enfrentarem desafios complexos como a delaminação cementária, assegurando intervenções mais precisas e resultados duradouros.